• Século XVII - Escandinávia, 22 de novembro de 1617.
一 Mãe, vou ver o que tem no meu quarto! 一 diz Rebecca, uma menina de 13 anos de idade, magra, ruiva e de olhos cor de mel, correndo para o segundo piso da casa que seus pais acabaram de comprar.
一 Aproveite e já arrume a bagunça de suas coisas! 一 grita em tom soberano a mãe da garotinha.
Assim como toda criança bisbilhoteira, Rebecca em primeiro ato se dirige a uma estante de madeira antiga no canto de seu mais novo quarto. Sobre o móvel, está uma caixa de ferro enferrujado e empoeirada, cuja Rebecca passa a mão e pega, curiosa.
一 O que será que tem aqui dentro... 一 murmura sozinha, tentando abrir o objeto.
Sem sucesso, a menina corre até a cozinha, onde está sua mãe, arrumando os armários:
一 Mamãe, quando te entregaram a casa não teriam lhe dado um bolo de chaves junto?
一 Não, já arrumou seu quarto mocinha?
一 Droga! 一 reclama a garota.
一 Olha o palavreado! 一 repreende a mãe, com um olhar severo.
Sem que a mãe perceba, a menina pega uma faquinha e corre até o quarto novamente. Enfia a ponta no buraco da fechadura da caixa e, mais uma vez, não obtém sucesso.
一 Muito grande... 一 fala sozinha abaixada no piso de madeira com os joelhos ao chão e a caixa no colo.
Em instantes Rebecca parece lembrar de algo e corre para o quarto a frente, o de seus pais. Cavocando uma caixa de papelão em meio a roupas que ainda serão póstas em seu devido lugar, Rebecca procura a maleta de ferramentas de seu pai, um marinheiro de cargo importante da época.
一 Aqui! 一 comemora a garota, retirando uma pequena maleta do meio das roupas e correndo para seu quarto.
Ela põe a caixa em cima da cama e procura na maleta algo que se encaixe na pequena fechadura do objeto misterioso. Então acha uma chave de fenda de tamanho o suficiente para que possa adentrar o sistema de abertura da caixa. Rebecca pega a ferramenta e enfia na fechadura, confiante de que finalmente descobriria o que a caixa escondia. Mas nada acontece. Tentativas e mais tentativas são experimentadas e repetidas por Rebecca, com o intuito de abrir a caixa misteriosa. Até que Rebecca cansa, esconde o objeto de baixo da cama e toma início em arrumar a bagunça de seu quarto. Horas se passam, e sua mãe grita do andar de baixo:
一 Rebecca, venha jantar!
一 Já vou mãe! 一 responde a pequena e curiosa menina desanimadamente.
Ao descer o primeiro degrau, Rebecca olha para a mesa da sala e vê seu pai sentado. Seus batimentos aumentam e ela desce cabisbaixa e pensativa.
Assim que senta na mesa Rebecca fita os olhos de seu pai, com medo. Sua mãe sai da cozinha trazendo um refratário cheio de macarrão, larga o vidro na mesa e começa a servir o prato do chefe da família silenciosamente.
一 Macarrão de novo! Mas que droga! Se eu soubesse que você não sabe nem fazer uma comida decente, não teria nem casado com você! 一 grita o homem, tocando longe seu prato de comida e se levantando da cadeira.
一 Não fale assim na frente da nossa filha... 一 diz a mãe de Rebecca, entre lágrimas.
一 Que se dane! 一 fala ele, agarrando a mulher pelos cabelos de modo que chega a desfazer uma parte de suas tranças.
Aos prantos, a mulher grita para a filha:
一 Rebecca, vá para o seu quarto e tranque a porta!
A garota sabia que voltaria a acontecer, sabia que a mudança de casa havia sido só porque a antiga casa havia se perdido no incêndio que seu pai provocou em mais uma noite de bebidas e cigarros. Mas a pobre criança ainda tinha esperanças de que seu pai tivesse mudado, pudesse parar de bater em sua mãe quase todos os dias da semana.
Rebecca então corre para seu quarto. Chorando por não poder fazer nada a respeito, a menina tranca a porta do quarto e através das paredes pode ouvir o som das pancadas concedidas a sua mãe. Aquilo nunca iria parar, Rebecca sabia que estava longe do fim, mas não tinha coragem o suficiente para enfrentar seu pai. Suas únicas saídas eram a morte, ou a fuga.
A fim de se entreter com algo, Rebecca retira a caixa de baixo da cama e volta a tentar abri-la, procurando não prestar a atenção no som da briga, tentando se desligar do que havia do lado de fora do quarto.
Além de sua tentativa de bloqueio de realidade não funcionar, ela não obtém nenhum sucesso com a caixa. Até que se irrita, e a atira longe:
一 Maldição!
Um estalo vem do objeto. Rebecca arregala seus olhos, vai em direção a ele, o pega na mão, senta-se no chão e abre-o devagar. Sua descoberta a deixa maravilhada.
一 Mãe, vou ver o que tem no meu quarto! 一 diz Rebecca, uma menina de 13 anos de idade, magra, ruiva e de olhos cor de mel, correndo para o segundo piso da casa que seus pais acabaram de comprar.
一 Aproveite e já arrume a bagunça de suas coisas! 一 grita em tom soberano a mãe da garotinha.
Assim como toda criança bisbilhoteira, Rebecca em primeiro ato se dirige a uma estante de madeira antiga no canto de seu mais novo quarto. Sobre o móvel, está uma caixa de ferro enferrujado e empoeirada, cuja Rebecca passa a mão e pega, curiosa.
一 O que será que tem aqui dentro... 一 murmura sozinha, tentando abrir o objeto.
Sem sucesso, a menina corre até a cozinha, onde está sua mãe, arrumando os armários:
一 Mamãe, quando te entregaram a casa não teriam lhe dado um bolo de chaves junto?
一 Não, já arrumou seu quarto mocinha?
一 Droga! 一 reclama a garota.
一 Olha o palavreado! 一 repreende a mãe, com um olhar severo.
Sem que a mãe perceba, a menina pega uma faquinha e corre até o quarto novamente. Enfia a ponta no buraco da fechadura da caixa e, mais uma vez, não obtém sucesso.
一 Muito grande... 一 fala sozinha abaixada no piso de madeira com os joelhos ao chão e a caixa no colo.
Em instantes Rebecca parece lembrar de algo e corre para o quarto a frente, o de seus pais. Cavocando uma caixa de papelão em meio a roupas que ainda serão póstas em seu devido lugar, Rebecca procura a maleta de ferramentas de seu pai, um marinheiro de cargo importante da época.
一 Aqui! 一 comemora a garota, retirando uma pequena maleta do meio das roupas e correndo para seu quarto.
Ela põe a caixa em cima da cama e procura na maleta algo que se encaixe na pequena fechadura do objeto misterioso. Então acha uma chave de fenda de tamanho o suficiente para que possa adentrar o sistema de abertura da caixa. Rebecca pega a ferramenta e enfia na fechadura, confiante de que finalmente descobriria o que a caixa escondia. Mas nada acontece. Tentativas e mais tentativas são experimentadas e repetidas por Rebecca, com o intuito de abrir a caixa misteriosa. Até que Rebecca cansa, esconde o objeto de baixo da cama e toma início em arrumar a bagunça de seu quarto. Horas se passam, e sua mãe grita do andar de baixo:
一 Rebecca, venha jantar!
一 Já vou mãe! 一 responde a pequena e curiosa menina desanimadamente.
Ao descer o primeiro degrau, Rebecca olha para a mesa da sala e vê seu pai sentado. Seus batimentos aumentam e ela desce cabisbaixa e pensativa.
Assim que senta na mesa Rebecca fita os olhos de seu pai, com medo. Sua mãe sai da cozinha trazendo um refratário cheio de macarrão, larga o vidro na mesa e começa a servir o prato do chefe da família silenciosamente.
一 Macarrão de novo! Mas que droga! Se eu soubesse que você não sabe nem fazer uma comida decente, não teria nem casado com você! 一 grita o homem, tocando longe seu prato de comida e se levantando da cadeira.
一 Não fale assim na frente da nossa filha... 一 diz a mãe de Rebecca, entre lágrimas.
一 Que se dane! 一 fala ele, agarrando a mulher pelos cabelos de modo que chega a desfazer uma parte de suas tranças.
Aos prantos, a mulher grita para a filha:
一 Rebecca, vá para o seu quarto e tranque a porta!
A garota sabia que voltaria a acontecer, sabia que a mudança de casa havia sido só porque a antiga casa havia se perdido no incêndio que seu pai provocou em mais uma noite de bebidas e cigarros. Mas a pobre criança ainda tinha esperanças de que seu pai tivesse mudado, pudesse parar de bater em sua mãe quase todos os dias da semana.
Rebecca então corre para seu quarto. Chorando por não poder fazer nada a respeito, a menina tranca a porta do quarto e através das paredes pode ouvir o som das pancadas concedidas a sua mãe. Aquilo nunca iria parar, Rebecca sabia que estava longe do fim, mas não tinha coragem o suficiente para enfrentar seu pai. Suas únicas saídas eram a morte, ou a fuga.
A fim de se entreter com algo, Rebecca retira a caixa de baixo da cama e volta a tentar abri-la, procurando não prestar a atenção no som da briga, tentando se desligar do que havia do lado de fora do quarto.
Além de sua tentativa de bloqueio de realidade não funcionar, ela não obtém nenhum sucesso com a caixa. Até que se irrita, e a atira longe:
一 Maldição!
Um estalo vem do objeto. Rebecca arregala seus olhos, vai em direção a ele, o pega na mão, senta-se no chão e abre-o devagar. Sua descoberta a deixa maravilhada.
Comentários
Postar um comentário
Avalie meu trabalho! ^^