Para quem não sabe, Black Shuck é mais uma das formas de chamar um cão do inferno, ou, cão negro. Assim melhor fazendo, vou me apresentar antes de contar minha amargurada história.
Me chamo, ou melhor, me chamava Eden e estou morto a 3 anos. Minha morte não foi dada por um motivo comum, mas sim, foi totalmente consequência dos meus atos. Fiz algo impulsivo, que em um ritual de sangue e palavras muito bem colocadas, resultou em meu assassinato, ou melhor, suicídio. Que conteve o dobro ou talvez o triplo de sangue do que ofereci a entidade naquela climaticamente pesada noite.
Eu sou padre, na verdade, já fui. Acho que posso considerar ter deixado de ser apartir do momento em que entreguei minha vida ao Diabo, oferecendo-lhe minha alma.
A igreja sempre apresentou o Diabo como um ser macabro e nu, de imensos chifres avermelhados, sendo representado negro ou de cor vermelho-rubro nas diversas pinturas da igreja. Sempre o descreveram com uma comprida calda finalizada por um acabamento ponteagudo e imperdoavelmente permitido ser esquecido na hora de descrever a criatura também chamada de Satã. Acontece que durante meu encontro com ele em momento algum percebi quaisquer dessas características, muito pelo contrário, ele vestia um casaco jeans rasgado e mais parecia um bêbado qualquer. Nos vimos pela primeira vez em um bar de esquina, e o linguajar dele não era algo que eu imaginava fazer parte da personalidade de um ser demoníaco.
Pois é, eu estava no bar bebendo, padres também têm dias ruins. E os meus começaram assim que descobri o tumor da minha filha, minha delicada Jay.
O que não me dei conta é que mesmo que a salvasse daquela forma, ficaríamos separados e eu não a veria. Mas em uma atitude impulsiva, aceitei o acordo, ofereci minha alma ao Diabo em troca de dez anos de vida e da salvação de Jay. Fui sacaneado, assim que selei o acordo com a realização do ritual que o trapaceiro Satã me apresentou, fui para casa e em algumas horas descobri que tudo não havia sido muito transparente entre eu e o meu parceiro de uísque.
Jay teve sua salvação, mas os 10 anos oferecidos no acordo, segundo o Diabo, haviam sido para ela, e não para mim. Então fui levado na mesma noite pelo funcionário de busca dele, o horripilante cão do inferno. Nem tive tempo de me despedir da minha filha, pois assim que cheguei em minha residência recebi o recado de que os exames dela haviam sido vítimas de um erro e em seguida morri, antes mesmo de ir vê-la no hospital.
Meu encontro com o Black Shuck foi extremamente sangrento e aterrorizante, percebi que seria levado quando comecei a ouvir latidos e rosnados que em seguida deram imagem a um imenso cão sombrio. Sai correndo da minha casa, gritando pela rua e sendo comentado como louco pelos vizinhos por dizer que havia um grande cão negro me perseguindo a fim de me estraçalhar.
Só eu via a criatura, eu estava fugindo de algo invisível aos olhos alheios. Acabei por entrar na igreja onde dei palestras durante anos, tranquei as portas do templo cristão, apenas observando o movimento brusco da porta sendo surrada por violentas e incontáveis tentativas do gigantesco animal de me levar direto para o inferno. Assim que vi que a porta não aguentaria muito corri em disparada para dentro da minha salinha particular de orações, em seguida ouvindo um estrondo da porta e sendo surpreendido pela monstruosa criatura de olhos vermelhos e compridos pêlos pretos que deslizou pela sala ao lado em direção a parede, podendo ser vista por mim, que em desespero puxei da escrivaninha a bíblia juntamente a um terço e fechando os olhos e apontando para ele comecei a ler versículos e orar. Em instantes ouvi uma voz grossa e macabra dizer que me levaria de qualquer forma. Ignorei e continuei, bastante tenso e com medo devido ao silêncio que se passou no quarto nos segundos seguintes. Até que senti um bafo quente percorrer meu pescoço e pude ouvir o som de rosnados intensos que ao abrir meus olhos descobri serem do demoníaco animal que estava parado bem à minha frente a poucos centímetros da minha pele. Fiquei imóvel, e assim, fui golpeado em um pulo da criatura para cima de mim, tal que me estraçalhou instantaneamente, me levando à morte prometida durante o acordo com o Diabo em pessoa. E assim vim parar aqui, fui para o inferno e agora estou parado a sua frente terninando de contar minha história para que você pense e me responda imediatamente: Você quer mesmo selar este acordo?
- Sim papai!
Me chamo, ou melhor, me chamava Eden e estou morto a 3 anos. Minha morte não foi dada por um motivo comum, mas sim, foi totalmente consequência dos meus atos. Fiz algo impulsivo, que em um ritual de sangue e palavras muito bem colocadas, resultou em meu assassinato, ou melhor, suicídio. Que conteve o dobro ou talvez o triplo de sangue do que ofereci a entidade naquela climaticamente pesada noite.
Eu sou padre, na verdade, já fui. Acho que posso considerar ter deixado de ser apartir do momento em que entreguei minha vida ao Diabo, oferecendo-lhe minha alma.
A igreja sempre apresentou o Diabo como um ser macabro e nu, de imensos chifres avermelhados, sendo representado negro ou de cor vermelho-rubro nas diversas pinturas da igreja. Sempre o descreveram com uma comprida calda finalizada por um acabamento ponteagudo e imperdoavelmente permitido ser esquecido na hora de descrever a criatura também chamada de Satã. Acontece que durante meu encontro com ele em momento algum percebi quaisquer dessas características, muito pelo contrário, ele vestia um casaco jeans rasgado e mais parecia um bêbado qualquer. Nos vimos pela primeira vez em um bar de esquina, e o linguajar dele não era algo que eu imaginava fazer parte da personalidade de um ser demoníaco.
Pois é, eu estava no bar bebendo, padres também têm dias ruins. E os meus começaram assim que descobri o tumor da minha filha, minha delicada Jay.
O que não me dei conta é que mesmo que a salvasse daquela forma, ficaríamos separados e eu não a veria. Mas em uma atitude impulsiva, aceitei o acordo, ofereci minha alma ao Diabo em troca de dez anos de vida e da salvação de Jay. Fui sacaneado, assim que selei o acordo com a realização do ritual que o trapaceiro Satã me apresentou, fui para casa e em algumas horas descobri que tudo não havia sido muito transparente entre eu e o meu parceiro de uísque.
Jay teve sua salvação, mas os 10 anos oferecidos no acordo, segundo o Diabo, haviam sido para ela, e não para mim. Então fui levado na mesma noite pelo funcionário de busca dele, o horripilante cão do inferno. Nem tive tempo de me despedir da minha filha, pois assim que cheguei em minha residência recebi o recado de que os exames dela haviam sido vítimas de um erro e em seguida morri, antes mesmo de ir vê-la no hospital.
Meu encontro com o Black Shuck foi extremamente sangrento e aterrorizante, percebi que seria levado quando comecei a ouvir latidos e rosnados que em seguida deram imagem a um imenso cão sombrio. Sai correndo da minha casa, gritando pela rua e sendo comentado como louco pelos vizinhos por dizer que havia um grande cão negro me perseguindo a fim de me estraçalhar.
Só eu via a criatura, eu estava fugindo de algo invisível aos olhos alheios. Acabei por entrar na igreja onde dei palestras durante anos, tranquei as portas do templo cristão, apenas observando o movimento brusco da porta sendo surrada por violentas e incontáveis tentativas do gigantesco animal de me levar direto para o inferno. Assim que vi que a porta não aguentaria muito corri em disparada para dentro da minha salinha particular de orações, em seguida ouvindo um estrondo da porta e sendo surpreendido pela monstruosa criatura de olhos vermelhos e compridos pêlos pretos que deslizou pela sala ao lado em direção a parede, podendo ser vista por mim, que em desespero puxei da escrivaninha a bíblia juntamente a um terço e fechando os olhos e apontando para ele comecei a ler versículos e orar. Em instantes ouvi uma voz grossa e macabra dizer que me levaria de qualquer forma. Ignorei e continuei, bastante tenso e com medo devido ao silêncio que se passou no quarto nos segundos seguintes. Até que senti um bafo quente percorrer meu pescoço e pude ouvir o som de rosnados intensos que ao abrir meus olhos descobri serem do demoníaco animal que estava parado bem à minha frente a poucos centímetros da minha pele. Fiquei imóvel, e assim, fui golpeado em um pulo da criatura para cima de mim, tal que me estraçalhou instantaneamente, me levando à morte prometida durante o acordo com o Diabo em pessoa. E assim vim parar aqui, fui para o inferno e agora estou parado a sua frente terninando de contar minha história para que você pense e me responda imediatamente: Você quer mesmo selar este acordo?
- Sim papai!
By: natyh
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