◣ Perfil ◥
Nome: Anatoly Moskvin
Ocupação: Historiador, escritor, pesquisador e professor
Nascimento: Rússia, 1966 (45 anos)
Acusação: Violação de Túmulos e Roubo de Cadáveres
Captura: 02 de novembro de 2011
Situação: Preso
Anatoly é considerado um gênio. Doutor em cultura céltica, historiador, professor de um museu, fala 13 línguas (incluindo Celta) e autor de numerosos livros e estudos sobre toponímia e onomástica. É considerado uma das maiores autoridades em "cemitérios" da Rússia, tendo escrito um guia depois de visitar mais de 750 cemitérios, e um grande interesse em ocultismo.
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◣ Crime ◥
Por mais de 10 anos, Anatoly, também conhecido como "O Fazedor de Bonecas", foi a cemitérios na calada da noite e escavou corpos de meninas e mulheres jovens recém-enterradas. Ele as levava para casa e tentava mumificá-las, mas, quando o embalsamento não funcionava, as levava de volta e as colocava novamente em seus túmulos. Ele era tão obcecado que chegou a escrever um tutorial na internet contando como fabricava suas "bonecas".
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◣ Captura ◥
Em 2010, na Rússia, dezenas de túmulos em vários cemitérios da região estavam sendo violados, a suspeita era da ação de uma seita satânica e uma investigação começou a ser realizada pelo Ministério do Interior russo.
Até que, em 2 de novembro de 2011, ainda tentando solucionar o caso, a polícia encontrou um corpo na garagem de um prédio em Leninsky. Entre os suspeitos, estava Anatoly Monskvin.
No início a polícia só queria conversar com ele e receber alguns conselhos sobre o caso, mas ao analisarem sua moradia ficaram com uma pulga atrás da orelha. O homem de 45 anos vivia em um apartamento pequeno com prateleiras em todas as paredes, cheias de livros, roupas coloridas de crianças e brinquedos. E foram os brinquedos e as roupas que levantaram suspeitas: por que um homem sem filhos teria essas coisas em casa?
Pouco depois, uma busca no apartamento de Anatoly revelou um dos crimes mais deturpados e perturbadores na história da Rússia. Os policiais se depararam com várias bonecas em tamanho real expostas pelos vários cômodos do lugar, todas vestidas com vestidos brilhantes, lenços na cabeça, e mãos e rosto envoltos com pano. O cheiro e a aparência estranha das bonecas chamou a atenção, então ao analisá-las, os policiais fizeram uma macabra descoberta: as bonecas eram na verdade corpos humanos mumificados. Os corpos roubados pelo criminoso eram de garotas em uma faixa etária entre 12 e 18 anos de idade, todos profanados de seus túmulos, sendo no total 29 bonecas humanas preparadas por ele.
Anatoly foi preso imediatamente, e seu segredo bizarro revelado para todo o país. Antes da polícia conseguir identificar os corpos, uma mulher chamada Natalia Chardymova os contatou. Ela tinha visto imagens do apartamento de Anatoly no noticiário e reconheceu uma das múmias: sua filha Olga, de 10 anos, que tinha morrido um ano antes. As famílias das vítimas estavam emocionalmente devastadas quando tiveram que enterrar seus entes queridos pela segunda vez após os corpos serem identificados. Mas os promotores públicos se recusaram a condenar Anatoly após ele ser declarado incapaz de enfrentar o julgamento por causa de sua esquizofrenia paranoica. Ao invés disso, Anatoly foi confinado em um instituto psiquiátrico, sendo considerado insano pelas autoridades e de seis em seis meses tendo sua saúde avaliada. Caso os médicos o considerassem curado de sua patologia, ele poderia sair em liberdade.
Abaixo o vídeo caseiro feito por ele encontrado em seu apartamento:
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Anatoly ficou conhecido como o "Fazedor de Bonecas", e os horríveis detalhes do seu hobby nojento logo vieram à tona. Ele preparava máscaras de cera para as múmias e pintava seus rostos com esmalte de unha. Ele as vestia e tomava chá ou celebrava festas de aniversário com elas. Ele até instalou mecanismos de fala em algumas das "bonecas" para torná-las mais vivas. Mas Anatoly insistia que nunca tinha feito nada sexual com suas "meninas", mas tinha simplesmente tentado dar-lhes o presente da vida eterna.
Ele cooperou com as autoridades e confessou ter escavado mais de 150 corpos. Desses, ele tinha mantido 29, que tinha conseguido mumificar com algum grau de sucesso. Ele embalsamava os corpos esfregando-os com sal e bicarbonato de sódio, e depois, quando eles já estivessem secos, estufava-os com tecido. Ele contou que entre 2005 e 2007, andou em mais de 700 cemitérios atrás dos corpos, muitas vezes, viajando cerca de 30 km por dia a pé, passava a noite em fazendas abandonadas, bebia água de poços e chegou a dormir dentro de um caixão.
Durante a investigação, Anatoly foi questionado por um jormal russo sobre a sua fascinação sombria com múmias. Ele contou que, aos 12 ou 13 anos, tinha perdido uma amiga próxima, Natalia, de 11 anos. Ele tinha ido ao seu funeral e havia sifo forçado a dar um beijo de despedida na menina morta. Foi uma experiência que afetou profundamente sua psique.
❝Um adulto empurrou meu rosto até a testa de cera da menina, e não havia nada que eu pudesse fazer a não ser beijá-la.❞ - escreveu Moskvin.
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◣ Liberdade ◥
De acordo com sua fala do dia 21 de Outubro de 2014, Anatoly Moskvin acreditava estar totalmente saudável para viver em liberdade. Ele pretendia fazer ciência, continuar escrevendo livros e, até mesmo, se casar. Mas para isso acontecer sua opinião deveria convergir com a dos médicos psiquiatras.
Mas logo em 23 de Outubro do mesmo ano, uma junta médica russa negou o pedido para que Moskvin saísse em liberdade. Porém, nem todos os psiquiatras foram a favor de mantê-lo mais seis meses numa ala de doentes mentais.
❝Ele não cometeu nenhum crime contra a vida. Já passou da hora dele sair em liberdade❞ - disse Alexei Zakharov, um dos psiquiatras que acompanhavam Moskvin.
Outro médico que não quis ser identificado defendeu o criminoso, dizendo:
❝Qualquer doença pode ser curada com substâncias psicotrópicas, e com Moskvin não há exceção. Se ele está saudável mentalmente, faz sentido mantê-lo no hospital? Ele não matou ninguém.❞
Apesar de seu apelo, médicos consideraram que o cientista ainda não estava apto a viver em sociedade. Alexey Nizhegorodets, um dos médicos que argumentaram a favor da permanência do cientista para tratamento, disse que Moskvin:
❝[...] cometeu crimes hediondos. Talvez não tanto do ponto de vista da lei… escavar corpos da sepultura para profanar suas memórias é horrível e moralmente inaceitável, e esse é apenas um lado da moeda. Eu acho que existe um monte de gente em Nizhny Novgorod querendo vingança contra Moskvin, porque ele cavou o túmulo de seus filhos e esposas. Ele sair pode ser algo irreparável.❞
Outra avaliação de Moskvin deveria ocorrer em Abril de 2015. Caso os médicos o julgassem curado, o cientista poderia viver livre novamente. Não houve nenhuma notícia sobre a atualização do caso, supostamente, acredita-se que sua liberdade tenha sido negada mais uma vez.
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◣ Fontes de Pesquisa
Créditos ◥
https://www.issoebizarro.com
https://www.medob.blogspot.com
https://www.naoacredito.com.br
https://www.oaprendizverde.com.br
Textos editados
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