Após assassinar Dênis tive muito trabalho a fazer, tive que limpar o quarto, o sangue dele havia manchado desde o carpete no chão à uns 15 centímetros da parede, - a caixa com a cabeça de Lizzie ainda estava em cima da cama, o carpete cinza e coberto de desenhos de cavalos e cavaleiros estava parecendo uma obra mal pintada de um artista renascentista, os móveis e as paredes manchadas de sangue formavam um cenário um tanto assustador - mas eu ainda tinha que me livrar do cadáver, tecnicamente dos, querendo ou não a cabeça de Lizzie ainda contava como um.
Então coloquei a caixa que continha o crânio da garota novamente na mochila, fui até a cozinha e peguei alguns sacos plásticos na gaveta, daqueles pretos, que servem perfeitamente para o trabalho sujo ao qual eu tinha em mente utilizá-los. Arrastei o corpo de Dênis para dentro de um dos sacos, o enrolei com os demais e pus seu crânio decapitado dentro da mochila junto ao de Lizzie.
_ Até que a morte nos separe... HaHaHa - ri enquanto olhava para a cabeça dos dois empilhadas dentro da mochila.
O tempo estava ficando curto, logo os amigos do falecido chegariam e se vissem a bagunça o primeiro e único suspeito seria eu, ou meu irmão, como preferir. Eu estaria duplamente morto se não fosse embora logo, então saí pela frente e deixei o corpo ensacado de Dênis e a mochila em um container em frente a casa. Teria sido difícil levantar o cadáver para pôr no container se eu ainda fosse só um humano... Felizmente força e resistência foram habilidades que adquiri com o vírus, sé é que posso chamar essa maldição assim.
Os dias seguintes foram tranquilos, a "gangue" me deu a notícia do integrante morto, fui à boate todas as noites, me alimentei de moças indecentes e vulgares que frequentavam a balada em busca de sexo. Até que... Exatos oito dias após o assassinato de Dênis conheci uma garota, Kylie. Ela era linda, tinha um sorriso encantador, olhos verdes e brilhantes como esmeraldas, uma boca tão desenhada que mais parecia efeito de inúmeras cirurgias... Mas era tudo natural, ela era natural. Eu me controlei incontáveis vezes enquanto estive com ela, controlei minha vontade sedenta de sugar seu sangue até a última gota, devorar sua carne macia e suculenta, eu senti na pele o que Dênis sentia. Por ela eu estava disposto a esquecer a vingança, a tentar outra vida, a novamente me sentir vivo... Mas como eu disse, estava.
Em menos de um mês de uma paixão doce, calorosa e recente, a "gangue" que agora era composta apenas por dois homens, descobriu a verdade, descobriu quem eu era.
_ Levanta dessa cama Eric, levanta! - disse Martin, o brutamontes, adentrando o quarto segurando uma arma juntamente ao parceiro enquanto gritava.
Eu nunca havia contado nada sobre ter matado alguém ou o que eu era para Kylie, e esse foi o meu erro.
_ Vocês podem levar o que quiserem mas por favor, não machuquem a gente! - implorou Kylie, acreditando se tratar de um assalto.
De cara Martin sacou tudo, e incontrolávelmente começou a rir, mudando a expressão na hora, típico dos piores psicopatas.
_ Fala sério... - falou entre risos - O que é isso? Aquelas atuações clichês de romance entre vampiro e humana? Que piada...
Kylie me olhou ainda sem entender nada, eu quase nem conseguia olhar seus olhos, ouvia seus batimentos acelerados, sentia seu cheiro me tentando... Fazia dias que eu não me alimentava direito, comia apenas cabras e bois da região, aquilo só aliviava a fome, não a matava.
_ Dênis era meu irmão, você matou meu irmão seu desgraçado, e agora você vai ter que morrer! - disse o mais magro, Harry, enquanto vinha em minha direção.
Eu não conseguia falar nada, só acenava a cabeça de um lado para o outro como um drogado em abstinência. Até que Harry se aproximou de mim na tentativa de me dar um soco e eu desviei, o empurrando na direção de Martin que recebendo o peso inesperado do amigo pôs acidentalmente o dedo no gatilho e atirou contra Kylie, que caiu imediatamente ao chão.
A Fragrância de seu sangue contaminou o ar à minha volta, meus instintos pela primeira vez não puderam ser controlados, eu rapidamente corri até o corpo ainda vivo de minha namorada e usufrui de sua fonte de vitalidade, mas não era o suficiente... Enquanto me vi com a boca sobre o pescoço de minha amada, senti um desejo imenso e tentador de devorar sua carne, eu controlei o máximo que pude, mas acabei sedendo. Eu devorei Kylie, e me arrependo disso, me culpo por isso, eu fui fraco, burro, inconsequente. E agora ela está morta.
Harry e Martin permaneceram paralisados o tempo todo durante aquele meu show de horror, me lembro de um deles ter comentado em algum momento sobrr eu mais parecer com um Ghoul do que com um vampiro, infelizmente, sou obrigado a concordar com tal argumentação. O que eu fiz foi horrível, e lamentávelmente não acabou por aqui...
CONTINUA...
Então coloquei a caixa que continha o crânio da garota novamente na mochila, fui até a cozinha e peguei alguns sacos plásticos na gaveta, daqueles pretos, que servem perfeitamente para o trabalho sujo ao qual eu tinha em mente utilizá-los. Arrastei o corpo de Dênis para dentro de um dos sacos, o enrolei com os demais e pus seu crânio decapitado dentro da mochila junto ao de Lizzie.
_ Até que a morte nos separe... HaHaHa - ri enquanto olhava para a cabeça dos dois empilhadas dentro da mochila.
O tempo estava ficando curto, logo os amigos do falecido chegariam e se vissem a bagunça o primeiro e único suspeito seria eu, ou meu irmão, como preferir. Eu estaria duplamente morto se não fosse embora logo, então saí pela frente e deixei o corpo ensacado de Dênis e a mochila em um container em frente a casa. Teria sido difícil levantar o cadáver para pôr no container se eu ainda fosse só um humano... Felizmente força e resistência foram habilidades que adquiri com o vírus, sé é que posso chamar essa maldição assim.
Os dias seguintes foram tranquilos, a "gangue" me deu a notícia do integrante morto, fui à boate todas as noites, me alimentei de moças indecentes e vulgares que frequentavam a balada em busca de sexo. Até que... Exatos oito dias após o assassinato de Dênis conheci uma garota, Kylie. Ela era linda, tinha um sorriso encantador, olhos verdes e brilhantes como esmeraldas, uma boca tão desenhada que mais parecia efeito de inúmeras cirurgias... Mas era tudo natural, ela era natural. Eu me controlei incontáveis vezes enquanto estive com ela, controlei minha vontade sedenta de sugar seu sangue até a última gota, devorar sua carne macia e suculenta, eu senti na pele o que Dênis sentia. Por ela eu estava disposto a esquecer a vingança, a tentar outra vida, a novamente me sentir vivo... Mas como eu disse, estava.
Em menos de um mês de uma paixão doce, calorosa e recente, a "gangue" que agora era composta apenas por dois homens, descobriu a verdade, descobriu quem eu era.
_ Levanta dessa cama Eric, levanta! - disse Martin, o brutamontes, adentrando o quarto segurando uma arma juntamente ao parceiro enquanto gritava.
Eu nunca havia contado nada sobre ter matado alguém ou o que eu era para Kylie, e esse foi o meu erro.
_ Vocês podem levar o que quiserem mas por favor, não machuquem a gente! - implorou Kylie, acreditando se tratar de um assalto.
De cara Martin sacou tudo, e incontrolávelmente começou a rir, mudando a expressão na hora, típico dos piores psicopatas.
_ Fala sério... - falou entre risos - O que é isso? Aquelas atuações clichês de romance entre vampiro e humana? Que piada...
Kylie me olhou ainda sem entender nada, eu quase nem conseguia olhar seus olhos, ouvia seus batimentos acelerados, sentia seu cheiro me tentando... Fazia dias que eu não me alimentava direito, comia apenas cabras e bois da região, aquilo só aliviava a fome, não a matava.
_ Dênis era meu irmão, você matou meu irmão seu desgraçado, e agora você vai ter que morrer! - disse o mais magro, Harry, enquanto vinha em minha direção.
Eu não conseguia falar nada, só acenava a cabeça de um lado para o outro como um drogado em abstinência. Até que Harry se aproximou de mim na tentativa de me dar um soco e eu desviei, o empurrando na direção de Martin que recebendo o peso inesperado do amigo pôs acidentalmente o dedo no gatilho e atirou contra Kylie, que caiu imediatamente ao chão.
A Fragrância de seu sangue contaminou o ar à minha volta, meus instintos pela primeira vez não puderam ser controlados, eu rapidamente corri até o corpo ainda vivo de minha namorada e usufrui de sua fonte de vitalidade, mas não era o suficiente... Enquanto me vi com a boca sobre o pescoço de minha amada, senti um desejo imenso e tentador de devorar sua carne, eu controlei o máximo que pude, mas acabei sedendo. Eu devorei Kylie, e me arrependo disso, me culpo por isso, eu fui fraco, burro, inconsequente. E agora ela está morta.
Harry e Martin permaneceram paralisados o tempo todo durante aquele meu show de horror, me lembro de um deles ter comentado em algum momento sobrr eu mais parecer com um Ghoul do que com um vampiro, infelizmente, sou obrigado a concordar com tal argumentação. O que eu fiz foi horrível, e lamentávelmente não acabou por aqui...
CONTINUA...
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