Vício

      Começou em você, em quem eu me viciei;
      Evoluiu para o café e nele não terminei.
      Do café fui para a escrita, tentando te esquecer;
      Mas aí em meio as letras, tu começou a aparecer.

      O visitei em sua casa, aquela briga aconteceu;
      Desferi-lhe uma facada, do meu amor você morreu.
      Viciei-me no seu sangue, mas ele já acabou;
      Degustei de sua carne, mas o estoque se esgotou.

      Sem saída vi suas fotos, eu estava abstinente;
      Viciei-me nas lembranças, desse amor inconsequente.
      Retratos insuficientes, eu queria era vê-lo;
      Você não sai da minha mente, precisava esquecê-lo.

      Recorri à nicotina e viciada ainda estou;
      Te amar virou rotina, meu coração já aceitou.
      Procurando um outro vício, eu comecei a beber;
      Meu amor por ti é ilícito, e eu nunca vou entender.


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