Nos dias de hoje, muitos adolescentes sofrem de depressão. Uma autoestima baixa, sofrer bullying, preconceito, ou até ser excluído de grupos de pessoas são alguns dos motivos causadores deste preocupante e "comum" problema, que muitas vezes leva os indivíduos à automutilação ou, em casos de estado psicológico ainda mais grave: suicídio.
O caso que eu vou contar não é nada mais nada menos que meu próprio relato. Este que me orgulho em dizer que foi uma espécie de vingança, mas também uma grande lição.
Há não muito tempo atrás, eu era uma menina muito triste e depressiva. Possuía uma doença que me fazia ter um peso um tanto acima do comum, de modo que era considerada obesa pelas pessoas que me rodeavam, o que fazia com que eu me odiasse cada vez mais. Eu era alvo de zoação pela escola inteira... tanto pelo peso; quanto pelo fato de ser filha da merendeira do colégio; algo que só aumentava os apelidos e piadinhas que eu recebia e costumava ouvir pelos corredores durante minhas manhãs de aula.
Mamãe sempre me dizia para não ligar para tais situações desagradáveis. Dizia que ela e papai me amavam como eu era, e que eu deveria ignorar todas àquelas alcunhas preconceituosas que eram direcionadas a mim pelos corredores da escola. Eu sempre ouvia seus conselhos, mas por mais que eu tentasse não me deixar levar por àquilo tudo, eu sempre acabava me entristecendo e tendo crises de choro tanto em casa, quanto no banheiro do colégio.
Mas certa vez, após uma dessas crises durante o recreio, assim que saí do toilette tempos depois de ter entrado e chorado por quase meia hora lá dentro, fui recebida já na porta por um grande grupo de pessoas que riam histericamente e me zoavam dizendo coisas monstruosas referentes ao meu peso e ao meu tempo no banheiro.
Para mim aquilo bastou... Quando voltei para casa depois da aula naquele dia, me tranquei no quarto e tomei o máximo que pude de remédios; eu queria dormir para não acordar mais. Mas minha mãe notou minha ausência e o silêncio pela casa e, depois de muito bater e chutar a porta desesperadamente junto a meu pai, os dois conseguiram entrar no quarto e me levaram "correndo" para o hospital, onde recebi os devidos cuidados e sobrevivi, por pouco escapando da morte.
Ao ter uma conversa comigo enquanto fiquei internada, minha mãe e meu pai me prometeram que dali em diante me ouviriam mais e me ajudariam e apoiariam no que quer que fosse. Então alguns dias após voltar para casa eu lhes chamei e fiz um pedido muito importante para mim... pedi que pagassem para que eu fizesse uma cirurgia de lipospiração e uma de abdominoplastia. Foi difícil fazê-los concordar comigo, eles tinham medo de que algo desse errado e viessem a perdar sua única filha; mas no fim das contas acabaram se convencendo após eu lhes contar o como me sentia perante minha aparência. Acabei por receber um abraço muito forte dos dois no final e a consulta à um médico cirurgião foi marcada.
Quando tive a aprovação do médico de que poderia fazer as cirurgias sem nenhum problema, me senti aliviada e ansiosa para o dia em que me veria no espelho outra vez sem me entristecer ao fazer isso. Mas por mais que eu fosse e já até estivesse me sentindo melhor, algo ainda me incomodava... tirava minhas noites de sono, me fazia imaginar diversas coisas incomuns, esse algo se chamava sede de vingança.
No dia das cirurgias, fiz um pedido um tanto peculiar — ele mesmo descreveu assim — para o médico responsável... Pedi-lhe que não botasse fora a gordura e a carne que retirasse do meu corpo, pedi que a guardasse em um pote e desse para minha mãe lhe informando que deveria levar para casa e colocar no freezer. O médico até hesitou em fazer isso, me disse ser um pedido louco, cujo ninguém jamais havia o feito em anos de profissão. Mas eu lembrei-lhe que estávamos pagando por seu trabalho, e que ainda por cima àquilo fazia parte do meu corpo, pertencia a mim e eu tinha o direito de decidir o que fazer. Ele acabou concordando e então assim o fez.
Assim voltei para casa depois que terminei as cirugias e recebi alta, a primeira coisa que minha mãe fez foi questionar-me para que eu havia pedido tal estranheza ao doutor. Ela me parecia assustada, imaginava eu ter o intuito de consumir àquela nojeira, talvez... Mas ficou aliviada — mesmo que também horrorizada — quando lhe contei que quem consumiria seriam os vermes daquela escola em que eu estudava.
Mamãe tentou me convencer de não fazer tal coisa, mas lembrei a ela que ela e papai haviam me prometido apoio no que quer que fosse de meu desejo e lhe informei que também teria um papel nisso tudo. Ela acabou aceitando o desejo de sua única filha e dizendo que ajudaria, então na manhã seguinte fiz com que ela levasse minha carne gordurosa já descongelada para a cozinha da escola bem cedo e utilizasse no preparo da refeição que seria servida aos alunos durante o intervalo. Assim ela fez...
Quando bateu o sinal de recreio e a grande maioria dos alunos se dirigiu ao refeitório, me escorei em uma parede próxima à cozinha em que mamãe trabalhava e fiquei a observar todos se lambusarem da carne de quem tanto humilharam. Alguns se deliciavam tanto com a comida, que limpavam seus pratos e se punham na fila mais uma vez, repetindo daquela magnífica refeição bem temperada preparada por mamãe e doada por mim. Depois de tantos anos de humilhação; depois de tanto sofrer bullying e ser a piada da escola inteira; depois de muito chorar por se sentir uma aberração; eu finalmente sorri saboreando uma única coisa: minha vingança. E eu posso dizer a vocês... Ela estava deliciosa. Finalmente colocamos tudo à pratos limpos!
O caso que eu vou contar não é nada mais nada menos que meu próprio relato. Este que me orgulho em dizer que foi uma espécie de vingança, mas também uma grande lição.
Há não muito tempo atrás, eu era uma menina muito triste e depressiva. Possuía uma doença que me fazia ter um peso um tanto acima do comum, de modo que era considerada obesa pelas pessoas que me rodeavam, o que fazia com que eu me odiasse cada vez mais. Eu era alvo de zoação pela escola inteira... tanto pelo peso; quanto pelo fato de ser filha da merendeira do colégio; algo que só aumentava os apelidos e piadinhas que eu recebia e costumava ouvir pelos corredores durante minhas manhãs de aula.
Mamãe sempre me dizia para não ligar para tais situações desagradáveis. Dizia que ela e papai me amavam como eu era, e que eu deveria ignorar todas àquelas alcunhas preconceituosas que eram direcionadas a mim pelos corredores da escola. Eu sempre ouvia seus conselhos, mas por mais que eu tentasse não me deixar levar por àquilo tudo, eu sempre acabava me entristecendo e tendo crises de choro tanto em casa, quanto no banheiro do colégio.
Mas certa vez, após uma dessas crises durante o recreio, assim que saí do toilette tempos depois de ter entrado e chorado por quase meia hora lá dentro, fui recebida já na porta por um grande grupo de pessoas que riam histericamente e me zoavam dizendo coisas monstruosas referentes ao meu peso e ao meu tempo no banheiro.
Para mim aquilo bastou... Quando voltei para casa depois da aula naquele dia, me tranquei no quarto e tomei o máximo que pude de remédios; eu queria dormir para não acordar mais. Mas minha mãe notou minha ausência e o silêncio pela casa e, depois de muito bater e chutar a porta desesperadamente junto a meu pai, os dois conseguiram entrar no quarto e me levaram "correndo" para o hospital, onde recebi os devidos cuidados e sobrevivi, por pouco escapando da morte.
Ao ter uma conversa comigo enquanto fiquei internada, minha mãe e meu pai me prometeram que dali em diante me ouviriam mais e me ajudariam e apoiariam no que quer que fosse. Então alguns dias após voltar para casa eu lhes chamei e fiz um pedido muito importante para mim... pedi que pagassem para que eu fizesse uma cirurgia de lipospiração e uma de abdominoplastia. Foi difícil fazê-los concordar comigo, eles tinham medo de que algo desse errado e viessem a perdar sua única filha; mas no fim das contas acabaram se convencendo após eu lhes contar o como me sentia perante minha aparência. Acabei por receber um abraço muito forte dos dois no final e a consulta à um médico cirurgião foi marcada.
Quando tive a aprovação do médico de que poderia fazer as cirurgias sem nenhum problema, me senti aliviada e ansiosa para o dia em que me veria no espelho outra vez sem me entristecer ao fazer isso. Mas por mais que eu fosse e já até estivesse me sentindo melhor, algo ainda me incomodava... tirava minhas noites de sono, me fazia imaginar diversas coisas incomuns, esse algo se chamava sede de vingança.
No dia das cirurgias, fiz um pedido um tanto peculiar — ele mesmo descreveu assim — para o médico responsável... Pedi-lhe que não botasse fora a gordura e a carne que retirasse do meu corpo, pedi que a guardasse em um pote e desse para minha mãe lhe informando que deveria levar para casa e colocar no freezer. O médico até hesitou em fazer isso, me disse ser um pedido louco, cujo ninguém jamais havia o feito em anos de profissão. Mas eu lembrei-lhe que estávamos pagando por seu trabalho, e que ainda por cima àquilo fazia parte do meu corpo, pertencia a mim e eu tinha o direito de decidir o que fazer. Ele acabou concordando e então assim o fez.
Assim voltei para casa depois que terminei as cirugias e recebi alta, a primeira coisa que minha mãe fez foi questionar-me para que eu havia pedido tal estranheza ao doutor. Ela me parecia assustada, imaginava eu ter o intuito de consumir àquela nojeira, talvez... Mas ficou aliviada — mesmo que também horrorizada — quando lhe contei que quem consumiria seriam os vermes daquela escola em que eu estudava.
Mamãe tentou me convencer de não fazer tal coisa, mas lembrei a ela que ela e papai haviam me prometido apoio no que quer que fosse de meu desejo e lhe informei que também teria um papel nisso tudo. Ela acabou aceitando o desejo de sua única filha e dizendo que ajudaria, então na manhã seguinte fiz com que ela levasse minha carne gordurosa já descongelada para a cozinha da escola bem cedo e utilizasse no preparo da refeição que seria servida aos alunos durante o intervalo. Assim ela fez...
Quando bateu o sinal de recreio e a grande maioria dos alunos se dirigiu ao refeitório, me escorei em uma parede próxima à cozinha em que mamãe trabalhava e fiquei a observar todos se lambusarem da carne de quem tanto humilharam. Alguns se deliciavam tanto com a comida, que limpavam seus pratos e se punham na fila mais uma vez, repetindo daquela magnífica refeição bem temperada preparada por mamãe e doada por mim. Depois de tantos anos de humilhação; depois de tanto sofrer bullying e ser a piada da escola inteira; depois de muito chorar por se sentir uma aberração; eu finalmente sorri saboreando uma única coisa: minha vingança. E eu posso dizer a vocês... Ela estava deliciosa. Finalmente colocamos tudo à pratos limpos!
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