Dama da Morte

Era linda.
Seus olhos eram negros como o céu sem estrelas;
De pele branca, palida;
Um rosto fino, sem expressão, frio...

Me estendeu a mão, 
Suas unhas eram como garras afiadas,
Tinha a pele gélida como uma noite de inverno;
Na outra mão carregava uma foice
E nas costas duas espadas.

Sorriu para mim repentinamente,
O rosto inexpressivo fez-se medonho;
Seus olhos adquiriram um olhar profundo,
Que nada dizia, mas dizia tudo.

Vi em seus olhos que já era hora,
Estendi-lhe a mão e aceitei o destino;
Meu corpo ali permaneceu no chão,
Com marcas de alguém que já havia vivido;
Parti com a morte, rumo ao infinito.


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