Presa


“Uma vítima fácil,
Delicada, fraca, indefesa”
Assim pensavam os iludidos
Que tentaram fazer-me sua presa

Aconteceu em uma noite fria
Quando eu voltava para casa pela rua deserta
Me seguiram dois mal-intencionados
Pensando eu não ser uma garota esperta

Depois de algumas ruas
Já sabendo qual era a intenção
Os levei à um beco escuro
Onde um deles revelou seu facão

Continuei andando pelo beco
Apertando o passo como se houvesse pressa
De vez enquando olhando para trás
Já havia feito outras vezes essa “peça”

Os dois seguiram-me mais rápido
Até um deles conseguir puxar o meu vestido
Me agarrou pensando ter me imobilizado
Mas mirei minhas presas no pescoço do atrevido

Antes que o segundo pensasse
Em me atacar com a lâmina que tinha na mão
Levantei meu olhar a ele
E lhe mostrei o poder da hipnotização

Mas ainda continuei concentrada
Em sugar a vida de seu amigo
Enquanto fiz-lhe usar a lâmina que segurava
Para cortar do próprio pescoço até o umbigo

Fez tudo me olhando fixamente
Até seu corpo ceder ao chão
O segundo permaneceu imóvel
Até eu largar seu pescoço e encontrar a escuridão

Deixei-os então caídos
Morrendo lentamente pela rua deserta
Depois de ter-lhes provado
Que uma garota também sabe ser esperta

Segui sozinha pela estrada
Procurando alerta pela minha próxima presa
Minha sede pode ter sido saciada
Mas você sabe...
Todos adoramos uma sobremesa.



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